quinta-feira, 7 de junho de 2012

Dois mil ex-jogadores entram na Justiça contra a NFL



Cerca de 2.000 ex-jogadores da NFL, a liga profissional de futebol americano dos EUA, entraram com uma ação coletiva na Justiça contra a entidade, segundo a rede americana CNN. Na ação, afirmam que a liga negligenciou e falhou ao reconhecer os riscos neurológicos associados ao esporte.

"Eu acredito que a NFL poderia e deveria ter feito mais para proteger Ray", disse Mary Ann Easterling, viúva dos ex-jogador do Atlanta Falcons Ray Easterling, que cometeu suicídio em abril após anos de problemas neurológicos. "Tendo convivido com a luta de Ray, eu espero e rezo para que outros possam mostrar a dor e o sofrimento que nós suportamos todos os dias."

A ação judicial, na Filadélfia, une mais de 80 demandas já existentes contra a liga de futebol americano nos EUA.

O porta-voz da NFL, Brian McCarthy, disse que não há nada novo na ação e que ela apenas unifica várias demanda judiciais de ex-jogadores. "A NFL fez da segurança dos jogadores uma prioridade e continua a fazer isso. Qualquer alegação de que a NFL engana os jogadores não tem mérito. Isso vai em contraste com as muitas ações da liga para proteger os jogadores e os progressos da ciência e da medicina no tratamento de concussões."

Muitos jogadores da NFL associam danos na saúde às concussões que sofreram durante os jogos. E dizem que nunca foram avisados sobre a gravidade de se ferir durante as partidas. Os advogados que representam ex-jogadores de futebol americano citam demência, depressão, redução das habilidades cognitivas, insônia e aparecimento precoce de mal de Alzheimer, entre outros problemas de saúde, como resultado de lesões na cabeça durante o tempo em que os atletas jogavam na NFL.

"A NFL precisa abrir seus olhos para as consequências dessas ações", disse Kevin Turner, ex-jogador do New England Patriots e do Philadelphia Eagles, que foi diagnosticado com esclerose amiotrófica lateral, uma doença neurodegenerativa. "A NFL tem o poder de não só dar aos ex-jogadores o que eles desejam, mas também de assegurar que as futuras gerações de jogadores de futebol americano não sofram como muitos da minha geração sofreram."






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